domingo, 23 de fevereiro de 2014

Perda da identidade!

O mesmo corte de cabelo, o mesmo alargador na orelha, a mesma foto fazendo bico e mostrando a língua, a mesma Hollister/Abercrombie (tiver que pesquisar pra ver se era assim que se escrevia mesmo, Pool é tão mais fácil) da cabeça aos pés, o mesmo tênis de 500, 700 até 1.000 reais. E agora também as lentes azuis e os "aparelhos" ortodônticos chamativos. Eu venho de uma época onde você se destacava por ser original, diferente (não confundir com doido à la hipster), onde cada sujeito livre criava seu próprio estilo e isso era um diferencial na hora de "ser alguém" na escola, hoje tá tudo igual!

Beleza, lá se vão 10 anos que eu me formei no ensino médio, o mundo era totalmente outro, muito graças a amplitude (melhor, a falta dela) que a internet tinha na época etc (isso é matéria pra outra postagem) e, se você leu até aqui pensando: Que babaca, cada um se veste do jeito que mais lhe agrada! calma lá oh precoce, chegamos a esse ponto.

Graças a Deus (Zeus, Odin, Orixás, Dawkins, Carlin, Monty Python) seja lá qual for sua orientação religiosa vivemos em um país democrático. Se estamos as portas de uma revolução comunista ou de um golpe militar, não é o momento para esse debate, vamos nos ater ao cerne da palavra democracia, ou seja, cada um se veste do jeito que mais lhe agrada.

Contudo, há também o outro benefício embutido na democracia: a liberdade de expressar as nossas opiniões. Da mesma forma que os jovens tem o direito de agir e se vestir assim, eu tenho o direito de espancar um infeliz desse quando o vejo na rua .... não,  lógico que não, mesmo porque provavelmente eu iria apanhar, visto que essa geração entra em academias cada vez mais cedo e eu sou frango, mas isso não vem ao caso, tenho sim o direito de opinar e dizer que é estranho ver uma foto de alguma rede social com 5 amigos fazendo a mesma pose, com as mesmas roupas, o mesmo cabelo, os mesmos alargadores e claro, a mesma língua de fora.

Enfim, como diria Raulzito: Faz o que tu querer pois é tudo da lei, da lei! Mas, que é estranho, ah isso é.


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